Não existe nada mais utópico do que a luta contra a desigualdade social. A desigualdade é uma condição humana e, em qualquer sociedade, por mais desenvolvida que seja, os indivíduos jamais serão iguais.
Milton Friedman, em sua obra “Livres para Escolher” aborda justamente este fator: cada indivíduo possui uma especificidade diferente do outro, sendo assim, o governo, ao centralizar a economia, provavelmente não conseguirá prestar a mesma atenção a todos.
Nós somos diferentes, e são justamente as nossas diferenças que nos permitem sermos únicos para a cooperação voluntária humana.
O problema é que, ao associarmos o trabalho à produtividade, percebemos que pessoas mais produtivas tendem a ter salários mais altos.
Agora, vamos pensar no caso Neymar, que fatura bilhões por ano: a sua posição de influenciador de milhões de pessoas ao longo do mundo faz com que ele traga lucro para as empresas que o contratam para fazer a publicidade da marca.
Sendo assim, a riqueza do Neymar é injusta levando em consideração que há pessoas que passam fome no Brasil? A resposta é não. A medida da produtividade que ele exerceu conquistou aquela colocação pelo seu talento.
Entretanto, como conseguiríamos igualar o faturamento de todas as pessoas com o do Neymar? Provavelmente a característica que o torna único perderia o valor, afinal, todos seriam iguais a ele.
E é assim que funciona na nossa sociedade, pessoas são livres para exercerem o que quiserem, felizmente vivemos em um país em que o Estado não controla a sua escolha de vida.
Portanto, ao escolher o que você deseja seguir como carreira e o quão dedicado você será para realizar o seu objetivo, os frutos serão colhidos.
Agora pense que você trabalha o dia inteiro e não tem horário para conseguir arrumar a sua casa, automaticamente irá contratar um serviço de diarista. As ruas precisam ser limpas, logo a prefeitura irá contratar garis, a demanda sempre existirá.
Nem todos nascem com sonho de serem juízes ou empresários, querer colocar todas as pessoas em pé de igualdade é ignorar as suas características.
O real problema que evidenciamos é a pobreza, o estado em que a pessoa não possui o que comer, o que vestir e muito menos uma moradia. Essa pessoa encontra-se em um estado de vulnerabilidade em que as circunstâncias que o permitem ter escolhas são baixas.
Como liberais, devemos lutar justamente contra a pobreza, para que todos tenham condições de ter uma vida digna e se desenvolverem no que eles desejarem ser.
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