O capitalismo é um sistema excludente. Ao fazer essa afirmação é provável que alguns discordem. Contudo, avaliaremos essa expressão como uma reflexão em relação à visão de parte da população.
Leia também: Taxar grandes fortunas? O sedutor aroma que deslumbra a América Latina
Para o capitalismo, pessoas que não apresentem características essenciais são automaticamente excluídas do sucesso, e isso inclui pessoas fracas, preguiçosas, folgadas, as que se acham muito espertas ao ponto de sobressair por meios ilícitos, e todos os que buscam enriquecer sem ter a necessidade de trabalhar.
Para o sistema, só existe espaço para um tipo de indivíduo alcançar o sucesso, o trabalhador. Entretanto, apesar deste estar condicionado unicamente aos esforços que demonstra, muitos buscam um culpado para amenizar a sua incapacidade.
Assim, atribuem as suas frustrações a ele. Essa visão falaciosa de que o capitalismo é um problema para a humanidade, deriva-se das ideias disseminadas por Karl Marx e Friedrich Engels.
Ao escrever “O Manifesto do Partido Comunista”, Marx desqualificou a sociedade burguesa e condicionou todas as frustrações da humanidade a ela.
Não obstante, o autor determinou ao proletariado a rebelião contra a burguesia e medidas que deveriam ser tomadas, algumas delas são: expropriação da propriedade latifundiária e emprego e renda de proveito do Estado, imposto fortemente progressivo, abolição do direito de herança, confisco da propriedade de todos os emigrados e sediciosos, centralização do crédito nas mãos do Estado por meio de um banco nacional com monopólio, centralização nas mãos do Estado de todos os meios de transporte e educação pública e gratuita.
A difusão dessas ideias no final do século XIX desencadeou a mentalidade anticapitalista, com foco na visão paternalista estatal. Mediante isso, o Estado recebe carta-branca para administrar todos os setores e a iniciativa privada é abolida.
A figura do proletariado como um injustiçado e explorado foi um sedutor atributo utilizado para que as pessoas se identificassem com a narrativa.
Infelizmente, o empreendedor é criminalizado e o Estado exaltado como a figura de um deus soberano que favorece subsídios e promove o combate à desigualdade, quando o que de fato deveria ser discutido é o combate à pobreza.
Mises elenca cinco tipos de grupos que ajudam a difundir a mentalidade anticapitalista: os frustrados por não conseguirem chegar ao mesmo patamar de pessoas bem-sucedidas, os intelectuais que possuem títulos de formação acadêmica e prêmios e por isso acreditam ser superiores aos demais, os trabalhadores que atuam em movimentos anticapitalistas, os primos que não obtiveram o mesmo sucesso do primo empreendedor, os artistas da Brodway e Hollywood.
Podemos acrescentar neste ponto os atores da Globo, que apesar de possuírem contas milionárias e usufruírem do melhor que o capitalismo possa proporcionar, vendem a imagem de que ele é um sistema falido.
Infelizmente, eles descarregam as suas frustrações ao denegrir o sistema. Ayn Rand destaca esse fato como a “Era da Inveja”, praticada por esse grupo de pessoas.
Nas palavras de Mises, relacionadas ao sucesso daqueles que estão dispostos a trabalhar ao invés de reclamar, “o sistema de lucro torna prósperos aqueles que foram bem-sucedidos em atender as necessidades das pessoas, da maneira melhor e mais barata possível. A riqueza somente pode ser conseguida pelo atendimento ao consumidor”.
No mais, o capitalismo é o grande percursor que permitiu que a pobreza caísse no mundo de forma considerável nos últimos 100 anos. Através da sua implantação, o índice da população mundial abaixo da linha da pobreza despencou.
Assim, aqueles que semeiam contra o capitalismo, ignoram os avançados e benefícios que este sistema trouxe para a humanidade.
Leia também: O mito da luta contra a desigualdade
Mateus Vitoria Oliveira
CEO Private Construtora, Private Log e Private Oil & Gas
Trabalha&Confia!
Copyright 2025 │ Politica de Privacidade